quarta-feira, 26 de novembro de 2008

começando uma conversa



Olá pessoal estou começando esse blog com o desejo de apenas bater um papo, tocar idéias, partilahr a avida com vocês. Aqueles que quiserem se achegar sejam bem vindos, puxe uma cadeira e vamos trocar idéia. Abraços!
gostaria de começar falndo de um tema interessante sobre teologia e poesia espero que gostem.

A graça poética do Deus criador

O que aconteceria se nós fizemos teo-poesia em vez de teo-logia?
Essa pergunta nos remeta a experiência bíblica, escrita de forma poética revelando a experiência amorosa de Deus para com o seu povo. Se podemos dizer que Deus é poeta, a vida é seu maior poema, nós somos portanto poemas desse grande artista.
Fazer teologia nessa perspectiva é captar a obra da criação como uma obra de arte única que merece por isso todo o nosso empenho e dedicação na sua preservação. A teologia dessa forma é um canto poético em defesa da vida e do cosmo. A vida torna-se critério fundamental do Dom de Deus no fazer teológico. Isso é teo-poesia.
Cada obra é única e ela reflete o seu autor, assim como uma poesia reflete o poeta a vida reflete o rosto do Criador divino. Nós exalamos o divino, somos canais da graça de Deus. Essa graça se mostrou de maneira plena na pessoa de Jesus Cristo, o grande poema do Pai.
Ele revela o rosto do Deus amoroso, criador da vida que não cessa de criar e renovar, na sua encarnação ele mostra o seu grande amor pela humanidade e na efusão de seu Espírito ele recria a sua criação. Sua vida, sua morte e ressurreição, mostram o intinerário da salvação a que todos nós somos chamados a percorrer.
Na defesa da vida e da dignidade do ser humano Jesus é protótipo desse homem e mulher novos que assumem a proposta de Deus de viver segundo os valores do amor, da justiça e da verdade. Ao reconhecer a dignidade de todo ser humano, Jesus revela nesse rosto humano sofrido a imagem do próprio Deus.
Hoje vemos cada vez mais os seres humanos instrumentalizados, utilizados como mercadoria, coisificados pelo sistema econômico que trata vida como objeto de venda e troca. Mais do que nunca somos chamados a tornar atual a proposta de Jesus de Nazaré e recuperar o sentido da vida como valor maior, a grade obra do grande artista que é Deus.
Essa afirmação incondicional da vida exige de nós uma postura radical em sua defesa, redimensionarmos os valores que hoje regem os nossos modelos sociais e culturais. Recupera o sentido da dignidade do ser humano como valor fundamental para a construção de uma sociedade nova.
A busca da justiça e da verdade é requisito básico para essa reconstrução. Não é possível recriar sem que haja justiça. Ela implica na inclusão de todos, onde não haja divisão tanta desigualdade e corrupção.
A inclusão exige que as pessoas tenham uma vida plena, que os recursos tecnológicos sejam utilizados para promover a vida de todos e não apenas de uma classe privilegiada.
Sabemos, porém da nossa condição de finitude e a dificuldade real de realizar tal utopia no agora. Devemos contar com as nossas limitações mas nem por isso podemos aceitar o mal no mundo como algo impossível de ser vencido. É preciso dar passos para que possamos alcançar no aqui e agora o possível de ser realizado.
Reinventar a ética, promover o bem comum, o acesso de todos a saúde ao bem estar. Sermos responsáveis pela vida como um todo, sendo participes como as notas de uma música, nessa grande orquestra musical que é a vida. Essa é nossa grande tarefa.